As aulas híbridas podem contribuir tanto com o engajamento e motivação os estudantes como com o protagonismo e personalização. Afinal, o uso da tecnologia na educação pode abrir um leque de possibilidades e estímulos para transformar e aprimorar a aprendizagem nas instituições de ensino.
Continue a leitura se você deseja entender o que são as aulas híbridas, como funciona na prática, como aplicar, como preparar com investimento em soluções tecnológicas, quais as vantagens e desvantagens, quando fazer uso e onde encontrar tecnologias.
O que são aulas híbridas?
As aulas híbridas integram a abordagem educacional chamado ensino ou educação híbrida, que significa unir elementos presenciais com digitais. Ou seja, os professores podem planejar aulas que vão além da aula expositiva e da resolução de exercícios, incorporando recursos tecnológicos no processo.
Na hora de aplicar as aulas híbridas, a instituição de ensino pode optar por dois formatos que são o sustentado e o disruptivo. Sendo que o primeiro vai manter as características tradicionais no presencial com a inclusão de tecnologias e o segundo, como o nome diz, vai romper de vez com a forma de ensino da forma que conhecemos.
Outro ponto importante das aulas híbridas é a possibilidade de personalizar a educação de acordo com as necessidades e objetivos de cada estudante. Isso significa que é possível colocar o aluno como protagonista na construção do conhecimento e do planejamento.
Além disso, o papel do professor ganha um novo formato para além das aulas expositivas para um mediador, que auxilia o estudante na busca pelas respostas e na elaboração de perguntas. Também é um curador de conteúdo do ensino remoto com a criação de roteiro de estudos, por exemplo.
Aulas híbridas: como funciona na prática e como é o modelo?
A abordagem do ensino híbrido permite que as aulas híbridas aconteçam em diversos modelos, dando possibilidade ao professor adaptar a aplicação de acordo com a necessidade e com os objetivos de aprendizagem de cada turma. Além disso, é possível incluir as aulas híbridas tanto na educação infantil e fundamental quanto no ensino médio e superior.
Selecionamos seis modelos de aulas híbridas para você entender como funciona na prática:
Sala de Aula Invertida
Como o nome já adianta, as aulas na Sala de Aula Invertida vão ao contrário das aulas tradicionais, que consistem em uma aula expositiva seguida por espaço para dúvidas e exercícios.
Neste modelo, os estudantes começam o estudo em casa a partir de um roteiro com conteúdos selecionados pelo professor. Entre as possibilidades estão o estudo por meio de textos, vídeos, filmes, seriados, podcasts, jogos digitais e realidade aumentada.
Após estudar em casa, os estudantes vão para aula com dúvidas e prontos para fazer atividades e resolver problemas da disciplina. Dessa forma, o professor tem espaço para estimular a participação dos alunos com debates e tarefas práticas.
Rotação por Estações
As aulas híbridas na Rotação por Estações funcionam com a divisão dos grupos por diversas estações de aprendizagem com rotações em rodadas. Ou seja, em cada etapa os alunos desenvolvem atividades diferentes para atingir os objetivos de aprendizagem e o professor atua como um mediador para auxiliar em casos de dúvida ou outras necessidades.
Laboratório Rotacional
As aulas híbridas no Laboratório Rotacional consistem em dividir a turma em dois grupos, sendo que um deles fica em um laboratório tecnológico para desenvolver atividades e estudar com recursos digitais e o outro fica na sala de aula com o professor. Após concluir a primeira etapa, os grupos de estudantes invertem os locais de estudos.
À La Carte
Já no modelo Á La Carte, as aulas híbridas são voltadas para a autonomia e protagonismo do estudante. Afinal, ele cumpre com as disciplinas básicas já pré-determinadas e escolhe outras extracurriculares para caminhar rumo aos objetivos e interesses individuais.
O modelo de aulas híbridas prevê a realização de disciplinas no meio digital e presencial.
Rotação Individual
Na Rotação Individual, o estudante também tem plena autonomia e protagonismo com aulas híbridas baseadas em um roteiro de estudo personalizado com os objetivos e necessidades individuais. Ou seja, é possível criar diversas atividades para desenvolver habilidades diferentes usando soluções digitais e o ambiente escolar físico.
Flex
Comum durante a pandemia, as aulas híbridas no modelo Flex consistem na entrega de roteiros de estudo por meio digital com atividades individuais e coletivas com apoio do professor.
Como aplicar as aulas híbridas?
As aulas híbridas devem ser aplicadas a partir de um plano de aula estruturado que envolve o planejamento dos recursos tecnológicos e das atividades que serão desenvolvidas em cada disciplina. Ao fazer o projeto das aulas híbridas, os professores podem ter clareza dos objetivos que devem ser atingidos durante cada etapa do aprendizado.
Para isso, é importante que as instituições de ensino e os professores busquem capacitações sobre as aulas híbridas e uso das tecnologias. Selecionamos algumas opções gratuitas de cursos para o setor educacional, veja:
- Ensino Híbrido: como fazer na minha escola?
Curso do projeto PoFuturo é voltado para os conceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), modelos de aulas híbridas, contribuições de cada tipo e elementos que auxiliam na montagem da estratégia de planejamento - Formação de professores para o ensino híbrido
Curso da Nova Escola é voltado coordenadores pedagógicos e diretores de escola de ensino fundamental abordando necessidades dos professores, roteiro de estudo personalizado, turmas heterogêneas, entre outros.
Cursos do Google são voltados para profissionais de educação que desejam trabalhar com tecnologia e inovação.
Soluções tecnológicas para as aulas híbridas: como preparar?
A preparação das aulas híbridas deve levar em consideração a escolha das soluções tecnológicas que serão aplicadas. Essa decisão deve levar em consideração alguns pontos, como: funcionalidade da tecnologia, necessidade da turma e do professor, qualidade e durabilidade dos equipamentos.
Entre as opções disponíveis no mercado para as aulas híbridas estão as lousas digitais; os computadores, tablets e outros devices; as salas de aula digitais; jogos digitais; realidade aumentada; soluções integradas; gabinetes de recarga para tablets e notebooks; entre outros.
Quais as vantagens e desvantagens? Qual a sua importância? Qual é o foco do uso? Como ela impacta o aprendizado?
As aulas híbridas estão ganhando cada vez mais espaço no setor educacional e pode proporcionar diversas vantagens, como:
- Motivação dos estudantes nas aulas híbridas por utilizar recursos tecnológicos que já fazem parte da rotina;
- Engajamento dos estudantes nas aulas híbridas por oferecer mais autonomia durante as atividades;
- Protagonismo dos estudantes nas aulas híbridas por dar a possibilidade de construir um plano de estudo personalizado de acordo com as necessidades e interesses
- Desenvolvimento de habilidades cognitivas e não-cognitivas nas aulas híbridas pelo estímulo em diversas abordagens, como: pesquisa na internet, discussão em fórum, entre outros.
Já os desafios das aulas híbridas envolvem a capacitação dos professores para conseguir planejar e aplicar a abordagem e, por isso, é necessário investir em treinamento e realização de cursos. Assim, os profissionais poderão contribuir para a construção de um ambiente de aprendizagem com aulas híbridas.
Quando devo fazer uso das aulas híbridas?
A escolha por quando aplicar as aulas híbridas envolve um trabalho de planejamento das estratégias que serão utilizadas, que deve considerar os objetivos, necessidades, estrutura física, soluções tecnológicas e outras questões individuais da instituição ou da turma. Além disso, as aulas híbridas podem iniciar tanto na educação infantil e fundamental como no ensino médio e superior.
A competência da cultura digital integra o documento BNCC, que prevê que os estudantes devem “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
Ou seja, a abordagem com aulas híbridas pode ser aplicada em qualquer grau de escolaridade, desde que seja com planejamento das atividades e dos recursos necessários. Assim, é possível alcançar os objetivos de aprendizagem propostos.
Quando se iniciou as aulas híbridas?
A abordagem de aulas híbridas começou na década de 1960 com profissionais dos Estados Unidos e avançou em 1990 com o aumento da disponibilidade dos recursos tecnológicos, como os computadores. Já no Brasil, as iniciativas começaram em 2014 com o Instituto Península e com a Fundação Lemann, que organizou um grupo de professores brasileiros para discutir e experimentar as aulas híbridas no país.
Onde encontrar soluções educacionais para as aulas híbridas?
Entre as principais fabricantes de soluções educacionais para aulas híbridas do mercado está a brasileira MOVPLAN S.E. que atua no mercado com desenvolvimento e produção de lousas brancas e digitais, soluções integradas, gabinetes de recarga para tablets e notebooks, entre outros.
Com mais de 22 anos de história, a empresa trabalha com o treinamento para os usuários e instalação própria dos equipamentos. Além disso, está presente em grandes nomes do setor, como: Senac; COC by Pearson; Rede Salesiana; Grupo Marista; Avenues São Paulo; Skill; FAAP; Grupo SEB; Colégio Queiroz Brunelli; Barão de Mauá; entre outros.
Se você quer tirar dúvidas ou adquirir tecnologias para aulas híbridas, entre em contato com o time de consultores.