A expressão “brain rot” (ou “cérebro podre”) foi eleita pelo Dicionário Oxford como a palavra do ano de 2024. Ela descreve a deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores, especialmente os disseminados pelas redes sociais.
Esse fenômeno vem se intensificando com o aumento da popularidade de conteúdos rápidos e de fácil acesso, que não estimulam o pensamento crítico ou a reflexão profunda. A expressão, que surgiu pela primeira vez em 1854 no livro Walden, de Henry David Thoreau, foi recuperada recentemente devido ao crescente impacto desses conteúdos na sociedade moderna, gerando preocupação, até mesmo, entre órgãos de saúde.
A leitura de temas complexos, ao contrário dos conteúdos superficiais das redes sociais, é uma ferramenta poderosa para expandir a mente, estimular o raciocínio crítico e desenvolver a inteligência. Em um cenário onde o “brain rot” se torna cada vez mais prevalente, uma solução eficaz é a promoção de um ambiente educacional que favoreça o contato com leituras desafiadoras e incentivadoras do pensamento profundo.
Como combater o "brain rot"?
Para combater o “brain rot” nas escolas, é fundamental adotar estratégias pedagógicas que envolvam leituras mais complexas e discussões sobre temas que desafiem os alunos a pensar de forma mais complexa. Além disso, o uso de tecnologias educacionais, como lousas digitais e plataformas interativas, pode ser uma aliada importante para tornar o aprendizado mais envolvente e estimulante, sem cair na armadilha dos conteúdos rasos. Assim, ao proporcionar um equilíbrio entre o uso de ferramentas digitais e a leitura de conteúdos enriquecedores, é possível cultivar uma geração mais preparada para lidar com os desafios intelectuais do futuro.